Algumas regiões agrárias dos Estados Unidos, e em menor escala, também no Brasil, são ocupadas por uma só espécie de plantação. Se a área é boa para soja, então toda a região é ocupada pela plantação de soja. Mas se a terra é boa para tomate, então se planta tomate, e assim é com o milho, com o feijão e assim por diante. São milhares de hectares ocupados por uma única cultura. Por isso se chama monocultura, uma região ocupada pela plantação de um único produto.
É possível que isso venha a ocorrer, ou mesmo esteja ocorrendo, com os Pequenos Grupos. Encher uma mesma região com um só método, com um só estudo, com uma só estratégia, com um só objetivo, e outros “um só”, poderá oferecer uma colheita previsível e não desejada. Não raro ouvimos falar de certas culturas prejudicadas pelas geadas. De repente um produto desaparece do mercado. Ocorre um aumento exagerado de preço, e chega a mexer com a economia de todo o país. As causas variam, mas quando uma mesma cultura é atingida, as consequências são as mesmas.
É muito tentador olhar para o terreno do vizinho e ver sua plantação florescer e dar abundantes frutos e rica colheita. É um convite irresistível para se fazer o mesmo em nosso terreno. Logo lançamos a semente e também aguardamos a mesma colheita farta como a do vizinho. Algumas questões, entretanto, precisam ser avaliadas. Por exemplo: o clima é o mesmo? O solo tem as mesmas características? Que tipo de adubo o vizinho usou? Os lavradores e técnicos deram a mesma assistência? A semente é de boa qualidade? Há risco de praga na lavoura? E por vai. Essas questões sugerem que pode haver variáveis importantes que alteram significativamente a colheita.
Essa figura de linguagem talvez esclareça porque os Pequenos Grupos dão resultados diferentes em diferentes lugares. Seria uma pena que uma recomendação divina para a igreja terminasse numa frustração. Quando Deus orientou os israelitas para plantar na terra, era a garantia divina para uma boa colheita. Temos razão para acreditar que os Pequenos Grupos darão uma boa colheita, trarão os resultados esperados porque têm garantia divina.
Os israelitas certamente sabiam dos riscos e procuravam não negligenciar o trabalho e a fé com os quais deveriam laborar em suas plantações. Certa ocasião Jesus Se utilizou de uma parábola para adverti-los dos perigos que uma plantação poderia correr. Ele disse que, “enquanto os trabalhadores dormiam, veio o inimigo e semeou o joio” no meio da plantação. E quando as sementes de trigo brotaram, ao invés de aparecer somente a boa semeadura, apareceu também a erva daninha. Além dos perigos naturais, também existem os perigos sobrenaturais – “o inimigo” (ver Parábola do Joio, Mt 13:36-43).