4. Libertos pelo sangue

“Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13).

QUEBRA-GELO

Ao olhar para as pessoas em um centro lotado, parece que são escravas de alguma coisa. Para que trabalham? Qual é o propósito de sua vida?

INTRODUÇÃO

A jovem Edith Eva Eger, conhecida como “Eddie”, nasceu na Hungria, onde vivia com sua família. Em maio de 1944, ela tinha acabado de completar 16 anos quando foi enviada para o campo de extermínio nazista de Auschwitz, na Polônia, junto com seus pais e sua irmã, Magda. Chegando ao campo, separavam as pessoas que tinham até 15 anos ou mais de 45 para o “banho” – as câmaras de gás – e depois eram incineradas. Os que tinham de 16 a 44 anos deveriam trabalhar até morrer de inanição em semanas ou meses.

Naquele inferno de neve, vazio de qualquer esperança, os soldados nazistas descobriram que Eddie dançava balé, e a levaram para entreter Yosef Mengele, conhecido como o Anjo da Morte, por suas cruéis experiências científicas com os prisioneiros. Aos olhos daquele monstro, Eddie começou a dançar. Como prêmio, Eddie ganhou um pedaço de pão e mais algum tempo de vida.

Finalmente, os Aliados americanos e russos se aproximavam para liberar Auschwitz e outras dezenas de campos de concentração. Então os nazistas for- çaram os prisioneiros a caminharem em uma das muitas “marchas da morte”. Os prisioneiros esqueléticos tinham que caminhar dia e noite até outros campos mais próximos da Alemanha, se não morressem pelo caminho, como ocorria com a maioria. Eddie estava entre eles. Não pesava mais do que 27 quilos, e caminhou tanto que desabou no chão, acabando em uma pilha de corpos no campo de Gunskirchen.

Soldados americanos da 71a infantaria chegaram ao local e encontraram aquela cena terrível. Foi quando um soldado notou dedos se mexendo. Era a mão de Eddie. Logo a retiraram do meio dos cadáveres, cuidaram dela, que milagrosamente sobreviveu. Mais tarde, ela imigrou para os Estados Unidos, estudou e se tornou uma psicóloga renomada.

Em seu livro A Liberdade é uma Escolha, conta como foi fundamental para ela e é para todos nós que nos libertemos de nossas prisões mentais. Ela afirmou, citando a Bíblia: “Podemos atravessar o vale da sombra da morte, mas não precisamos acampar nem construir nossa casa por lá.”

PARA PENSAR

Há 3.500 anos, os israelitas eram escravizados pelo Egito. Construíam sem descanso cidades e monumentos imensos para a glória dos faraós. Sofriam e suspiravam sob fardos insuportáveis. Prostrados pelo cansaço, eram chicoteados e humilhados dia após dia até a morte. Foi então que clamaram a Deus. Imploraram por livramento. Acreditavam que o Senhor levantaria um libertador para levá-los para a terra prometida a Abraão. Aquele era mais um capítulo da história do grande conflito entre o bem e o mal.

COMPREENDENDO O TEXTO

Precisamos clamar, pois Deus está atento à nossa condição e às nossas orações

Leia Êxodo 2:23-25.

Clamar não é uma oração comum. É uma expressão de ansiedade e angústia diante de Deus. É uma súplica profunda, que envolve questões de vida ou morte.

Você já clamou a Deus?

Assim como os israelitas, precisamos clamar a Deus. A boa notícia é que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2:32; Rm 10:13).

Somos libertos a preço de sangue

Qual foi o argumento do rei para não permitir que o povo partisse? (Êx 5:2). E o que mais faraó fez? (v. 6-21). A cada anúncio a faraó e pedido para libertar os israelitas, pragas caíram sobre os egípcios – moscas, peste nos animais, úlceras, chuva de pedras, gafanhotos, trevas, etc. Porém, a décima praga seria a pior: a morte dos primogênitos, anunciada desde o início (Êx 4:23; 11:1). Foi nesse momento que Deus instituiu a Páscoa. Como foi vivida a primeira páscoa pelos israelitas? (Êx 12:6-8).

APLICANDO O TEXTO

A palavra “páscoa” (pesach) vem do verbo hebraico pasach, que significa “pas- sar por cima”, e todo aquele ritual tinha um significado profundo. Sangue significa vida (Lv 17:11).

O cordeiro não deveria ser somente morto, mas comido. Como Cristo disse, devemos comer Sua carne e beber Seu sangue para sermos salvos (Jo 6:53, 54, 63). Isso significa aceitar profundamente, abraçar o sacrif ício de Jesus, receber de cora- ção a salvação que Ele oferece.

“Cristo, nosso cordeiro pascal, foi sacrificado” (1Co 5:7). À semelhança de um cordeiro inocente e sem defeito, sem nenhum pecado por nascimento ou por ações, Jesus foi sacrificado por nós. Também precisamos confiar nos meios que Deus oferece para nos salvar. Somos salvos pelo meio que Ele provê. Como o apóstolo Pedro disse, “e não há salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12).

PARA DISCUTIR

Olhando para a provisão de salvação e libertação que Deus oferece a você, do que Ele precisa libertá-lo agora?

PARA DECIDIR

Sem Deus, somos escravos do grande Egito do pecado. Somos prisioneiros levados para os campos de morte. Nossos dias estão contados, e não temos esperança de eternidade sem Ele. Clame por libertação. Clame por sua redenção. Deus quer hoje dar a você o perdão e a paz que só Ele tem a oferecer. Não deixe para depois. Abra seu coração a Jesus agora e permita que Ele seja o Senhor e Salvador de sua vida.

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