#5 – A força da mansidão

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A propaganda que se faz hoje em dia das pessoas poderosas, é que elas são fortes, corajosas, destemidas, e passam por cima de tudo e de todos. Prova disso é que quando conhecemos uma pessoa mansa, é difícil imaginar que ela é uma pessoa poderosa. Geralmente pensamos que é alguém fraco e incapaz de chegar ao êxito e ao sucesso.

Entretanto, há alguma coisa na quietude, no silêncio, na pausa, no ritmo regular que parece se relacionar com a mansidão, com o bem-estar, com a paz. Quando pensamos em paz não nos imaginamos num mundo de movimentos intensos, mas num lugar tranquilo, de sons suaves, pessoas calmas de palavras e gestos. Assim como parece claro que o ritmo frenético, a agitação, as palavras em alto volume e frequência parecem levar inevitavelmente ao descontrole, à falta de harmonia, e até mesmo à falta de paz.

Abraão, Moisés, Paulo eram homens de personalidade forte, líderes respeitados, enérgicos, mas ao mesmo tempo eram mansos no trato pessoal, agradáveis de palavras e de modos, atendiam aos necessitados, aos carentes e brindavam seus amigos ou liderados com palavras sábias e sentimentos generosos.

O apóstolo Paulo mesmo era um líder muito ativo, dinâmico, vibrante, de mensagens contundentes, enfrentou inimigos hostis e perigosos, mas ao que tudo indica, para realizar suas muitas tarefas, não se tornava uma pessoa rabugenta e desagradável. Com certeza o grande apóstolo tinha um abrigo no qual se refugiar, de onde encontrava forças para prosseguir. Vamos conhecer um pouco de sua história, da sua maneira de lidar com problemas, sem agravar as pessoas.

Lendo a Palavra

2 Coríntios 10:1-11

 

Aprendendo da Palavra

1. Em que sentido, de acordo com o texto, podemos dizer que Paulo não correspondia à imagem de uma pessoa poderosa?

[a] Ele afirmou que quando estava presente, era humilde

[b] Ele não gostava de falar com confiança e ousadia

[c] A presença de seu corpo era fraca

[d] A palavra era desprezível

[e] Ele só demonstrava ousadia quando estava ausente, através de cartas

2. Mesmo sendo tão criticado por seu estilo de liderança, Paulo apelou para a mansidão e benignidade de Cristo. Por quê?

[a] Para ele, a mansidão e a benignidade eram características fundamentais para um bom líder

[b] Era importante que todos soubessem qual era o líder que ele imitava

[c] Para lembrar que dependemos de Cristo para tudo. Até para sermos mansos e benignos

[d] Nossa melhor arma para causar boa impressão é a maneira como tratamos bem as pessoas

3. Que diferença existe entre “andar na carne” e “militar segundo a carne”?

                                                                                                                                                                             

                                                                                                                                                                             

4. Na sua opinião, porque Paulo usou o termo “militamos”?

[a] Ele sabia que estamos no meio de uma guerra

[b] É necessário fidelidade e disciplina para enfrentar o que iremos enfrentar

[c] Indica que não estamos sozinhos. Existe um exército conosco

[d] Para mostrar que outras pessoas contam com nosso apoio

5. Paulo diz que contra tudo que se levanta em oposição ao conhecimento de Deus não devemos usar armas carnais. Que armas devemos usar então?

[a] Muito estudo e conhecimento da Palavra de Deus

[b] Comunhão constante e firme com Deus

[c] Um excelente testemunho

[d] A mansidão e a benignidade de Cristo

[e] Oração firme e fervorosa

[f] Persistência na esperança da salvação

[g] Convicção da companhia constante de Cristo

 

Aplicando a Palavra

Apesar de sermos cristãos enfrentamos todos os dias os desafios de um mundo hostil e distante dos princípios que queremos viver, e não raro nos envolvemos em problemas e situações que não desejamos. Descobrimos que também estamos sujeitos ao estresse e aos desequilíbrios emocionais de qualquer pessoa, mas que devemos reagir de forma diferente. O que não é nada fácil.

Abaixo apresentamos algumas dicas que, se utilizadas de forma criteriosa, pode servir de ajuda para enfrentarmos as situações inesperadas e desafiadoras, para que vivamos melhor e nosso testemunho tenha mais valor.

  1. Respeite seus limites – Ninguém é tão forte a ponto de aguentar tudo e nem tão fraco a ponto de não dar conta de nada. Todos nós temos limites, aprenda a respeitar os seus.
  2. Procure se desproblematizar – Nem todo problema é ruim, ou sem solução. Cada problema tem seu tempo, seu alcance e também seu limite. E às vezes o que chamamos de problemas são desafios e oportunidades.
  3. Evite o perfeccionismo – Ser perfeito é um caminho que se faz através de princípios e dura a vida inteira. Lute para não falhar, mas não se condene quando acontecer. O perfeccionismo é uma cobrança cruel e irreal, que leva à depressão e ansiedade, além de ser paralisante quando deixamos de fazer o que queremos por medo de não sermos perfeitos.
  1. Cuide da saúde – Às vezes a irritação, seguida de comportamento antissocial, pode ser o seu corpo mostrando sinais físicos de cansaço e pedindo socorro. Cuide-se. Durma bem, faça exercícios físicos para diminuir a tensão, cultive a respiração calma e adequada. Escute a notícia primeiro, depois se assuste, se valer a pena.

 

Para refletir

Aceite o que você não pode mudar, mas lute por aquilo que você pode. Tenha em mente as lindas palavras dessa oração:

“Senhor, conceda-me a serenidade

para aceitar aquilo que não posso mudar,

a coragem para mudar o que me for possível

e a sabedoria para saber discernir entre as duas.

Vivendo um dia de cada vez,

apreciando um momento de cada vez,

recebendo as dificuldades como um caminho para paz,

aceitando este mundo cheio de pecados como ele é,

assim como fez Jesus, e não como gostaria que ele fosse.

Confiando que o Senhor fará tudo dar certo

se eu me entregar à Sua vontade. Amém!”

Reinhold Niebuhr

Paulo teve uma grande mudança, uma transformação em sua vida, e ele era um inimigo de Deus. Significa que ninguém nasce pronto, mas precisamos nascer de novo, em nossas práticas e atitudes. Assim fazendo vamos descobrir a força da mansidão entre aqueles que vivem para Cristo e nosso testemunho será mais poderoso.

Umberto Moura e Delman Falcão

Baseado em: Serendipity Bible

Edição: Joelson Moura

www.pequenosgrupos.com.br

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