6. Vitória no madeiro

“Jesus, carregando Ele mesmo a Sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico.
Ali O crucificaram e com Ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio” (Jo 19:17, 18).

QUEBRA-GELO

A cruz foi a peça com que Jesus consertou o mundo quebrado pelo pecado. Na sua compreensão, como a obra de Jesus na cruz pode consertar as coisas em sua vida?

INTRODUÇÃO

A imagem da cruz desperta as mais diversas reações. Cruzes estampam a bandeira de alguns países e camisetas descoladas. Cruzes povoam a paisagem triste dos cemitérios e lembram as piores perseguições religiosas. Cruzes se destacam em obras de arte e figuram nas marcas de automóveis. Pensando em Jesus e Sua morte, a imagem tão comum da cruz nunca transmitiu uma mensagem entendida da mesma forma por todos, ou, no mínimo, pela maioria. Ainda hoje é assim. Na cultura popular, a cruz se transformou em um símbolo de morte e de terror. Pensando unicamente no símbolo, a cruz sempre despertou acusações filosóficas de loucura e escândalo, aclamações religiosas de gratidão e louvor. Afinal, como um instrumento de tortura pôde se transformar em vitória e salvação?

PARA PENSAR

A cruz foi o ponto culminante e decisivo do grande conflito entre o bem o mal. Foi a prova definitiva pela qual Jesus teria que passar em favor da raça humana. Se Ele falhasse no último segundo, tudo estaria perdido para sempre. Mesmo sendo detentor de todo o poder no Céu e na Terra, Jesus tinha que suportar toda a dor do Calvário para cumprir Sua missão.

O preço de nossa redenção exigia apenas o derramamento do sangue de Cristo para a remissão de pecados. O caminho que Ele trilhou não foi apenas o da morte, mas o de inominável dor, de uma angústia sem medida.

COMPREENDENDO O TEXTO

Usada pelos povos antigos, a cruz era um instrumento desenhado para causar a morte mais dolorosa, lenta, cruel e vergonhosa possível. Era reservada unicamente para os piores criminosos. Normalmente, um grupo de cinco soldados realizava o trabalho de forma profissional. Em geral, as cruzes tinham cerca de dois metros de altura, para facilitar a colocação e retirada dos prisioneiros. Cruzes mais altas eram reservadas para criminosos especiais. Eram utilizados pregos enferrujados de aproximadamente 12 centímetros. Além disso, era comum que os condenados fossem pendurados sem nenhuma roupa, expostos à mais degradante humilhação pública. Esses relances dolorosos revelam que temos apenas uma vaga ideia do sofrimento de Jesus. Para uma geração acostumada a confortos e prazeres, uma dor assim está além da imaginação.

Porém, o sacrifício de Cristo não envolvia somente uma cortante dor física, mas uma dor espiritual. Na mentalidade bíblica, se alguém morria pendurado em um madeiro, era por ser um maldito de Deus. Os réus de morte pendurados no madeiro não deveriam permanecer suspensos até o pôr do sol, pois mantê-los contaminaria a terra (Dt 21:23). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo- se Ele próprio maldição em nosso lugar” (Gl 3:13). “Aquele que não conheceu pecado, Deus O fez pecado por nós, para que, Nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). Na cruz Jesus não sofreu pelas maldições, foi feito maldição.

No caminho até o Calvário, Jesus sofreu o ataque mortal da serpente satânica (Gn 3:15). Ele foi ferido pelo inimigo, que fez com que Ele sofresse ao máximo para que desistisse de nos salvar. Por outro lado, pela primeira vez Satanás O teve em Suas mãos. Como um pecador, não pôde conter sua vontade incontrolável de torturá-Lo e matá-Lo, por mais que soubesse que isso prejudicaria a si mesmo. O pecado é assim: sempre leva à autodestruição, por mais ilógico que pareça.

A promessa que Deus fez a Adão e Eva no Éden estava se cumprindo. Em Romanos 5, o apóstolo Paulo apresentou a Cristo como o segundo Adão, que acertou onde o primeiro falhou. Por um homem, Adão, o pecado entrou no mundo, e o pecado “passou a toda a humanidade” (v. 12). Da mesma forma, “por um só homem”, “muito mais a graça de Deus” prevaleceu (v. 15). “Onde aumentou o pecado, aumentou muito mais ainda a graça” (v. 20).

Jesus não desistiu, mas resistiu pacientemente até o último espasmo da musculatura, até última gota de sangue, até o último suspiro doloroso. Consciente do cumprimento de Sua missão, bradou: “Está consumado!” (Jo 19:30). Ele venceu!

APLICANDO O TEXTO

Não podemos ficar indiferentes diante de tão imenso amor por nós. Não podemos pensar que esse sacrifício tão poderoso seja incapaz de cobrir nossos pecados, por piores que sejam. Precisamos lançar nossa fé no Homem que foi pendurado sobre o madeiro, o Cristo crucificado, e receber Dele vida e salvação. Seu sangue é capaz de perdoar pecados, transformar o caráter, renovar a família, nos tornar pessoas melhores e mais felizes. Por meio de Sua graça, podemos encontrar um novo motivo para existir!

PARA DISCUTIR

Ao olhar para o que Jesus fez por você na cruz, que sentimentos vêm a seu coração? Por que o ser humano reluta tanto em se render a Jesus?

PARA DECIDIR

Jesus não desistiu de você. Ele fez tudo isso por você. Qual será sua resposta a esse grande sacrifício? Hoje Cristo o chama. Não deixe para amanhã. Abrace agora o Salvador e não O abandone nunca mais.

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