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Davi vivia escondido como fugitivo de seu inimigo Saul, o rei de Israel. Embora exilados, os homens de Davi costumavam guardar e proteger seus patrícios israelitas, que foi o caso de Nabal, um homem muito rico, porém, “duro e mau nas suas práticas”. Quando Davi pediu uma retribuição a Nabal, este reagiu agressiva e provocativamente. Davi jurou se vingar, e estava a caminho com seus companheiros para matar Nabal e todos os homens inocentes de sua casa, quando Abigail, esposa de Nabal interveio. Ela foi ao encontro de Davi levando alimento e bebida como presente generoso para eles. Pediu desculpas pela conduta abominável do marido e suplicou a Davi que poupasse a vida dos inocentes (1Sm 25:2-35).
Todos nós admiramos uma pessoa gentil, ponderada, equilibrada de gestos e palavras. Até gostamos de ficar perto desse tipo de pessoa, sentimos bem-estar e paz em sua companhia. Porém, precisamos admitir que, de fato, em geral temos dificuldade para reproduzir esse tipo de personalidade. É mais fácil aplaudir que imitar.
Achamos que na correria do dia a dia, no estresse, na vida difícil está a explicação para nossas atitudes impensadas e agressivas. A falta de reflexão, de admitir a falha, finda afastando a possibilidade de mudar nosso temperamento e estilo de vida.
Uma dessas consequências é que, sem refletir nessas ações, acabamos por não aprender com elas. Se pudéssemos observar com cuidado nos olhos daqueles a quem agredimos com as palavras, veríamos o quanto os ofendemos, o quanto os diminuímos, o quanto os atrapalhamos, e pensaríamos melhor antes de ter a mesma reação contra eles novamente. Você sabe qual é a opinião de Deus a esse respeito? Vamos ver na Bíblia que conselhos podemos encontrar.
Lendo a Palavra
Provérbios 15:1,4; 25:15.
Aprendendo da Palavra
1. Quais foram as quatro qualidades que o texto mostrou serem importantes a fim de afastar de nossa vida o furor e a ira?
[a] [b] [c] [d]2. Em sua opinião, o que é uma resposta branda?
[a] Falar baixinho. [b] Falar com calma. [c] O silêncio. [d] Não tem nada a ver com o tom de voz, mas apenas com o que se diz. [e] É dizer a coisa certa da maneira certa.3. Por que será que a Bíblia usou a figura da árvore de vida?
[a] No Gênesis ela mantinha a vitalidade de Adão e Eva. [b] Ela expressa nossas esperanças de um dia morarmos no Céu. [c] As palavras têm um poder curativo semelhante ao daquela árvore. [d] Para ajudar-nos a não esquecer nossa dependência de Deus. [e] Quem usa bem as palavras, como a árvore de vida, está no paraíso.4. Em sua opinião, o que significa quebrantar o espírito de alguém com uma língua perversa?
5. O que a longanimidade e a palavra branda têm em comum?
[a] Elas fazem bem a quem está ao nosso redor. [b] Alcançam coisas que de outra maneira seriam quase impossíveis. [c] “Quebram” as mais difíceis barreiras. [d] A palavra branda depende da longanimidade. [e] É impossível ser longânimo e não usar a palavra branda.6. Qual o “segredo” que faz com que a resposta branda seja capaz de desviar o furor?
[a] Demonstra humildade e longanimidade. [b] Revela que a pessoa também está disposta a ouvir. [c] Evita que a adrenalina tome conta! [d] É impossível discutir sozinho.7. Você já teve a oportunidade de ver uma resposta branda desviar o furor? Poderia compartilhar?
Aplicando a Palavra
Imagine uma pessoa completamente alterada à sua frente. Gritando, ameaçando e não dando chance de você falar. O que fazer numa situação dessas? Albert J. Bernstein* dá os seguintes conselhos:
1. Mantenha a calma. Não transforme a situação numa guerra em que alguém tem de vencer.
2. Trate-os como crianças. Não vai ser possível usar a conversa para retirar a outra pessoa de seu surto emocional, e ficar irritado não vai ajudar em nada.
3. Diga “Por favor, fale mais devagar. Gostaria de poder ajudar.” Diminua a velocidade. Não pareça estar querendo brigar também.
4. Pergunte “O que você gostaria que eu fizesse?” É preciso fazer a pessoa pensar de forma a desligar a máquina da raiva.
5. Não faça afirmações. Faça perguntas. Explicar é tentar dominar a situação de forma velada. Perguntas fazem com que a pessoa pare para pensar.
6. Comece sentenças com “Gostaria de …” e não “Você é …” Se você começar com “eu” é mais difícil parecer que você está atacando.
7. Deixe a pessoa com a última palavra. Não deixe seu ego estragar tudo no último momento.
(*Adaptado)
Quando eles estiverem falando, se pergunte porque estão dizendo o que estão dizendo. E não, eu tenho razão, e estou me sentido ofendido.
Para Refletir
Ninguém teve a oportunidade de escolher seu temperamento. Nascemos assim, “sou assim mesmo”, dizem alguns. Mas podemos escolher a maneira como tratamos as pessoas, podemos escolher as palavras que queremos ou precisamos falar às pessoas. Ser grosseiro e obstinado não é destino, é escolha pessoal.
Na oração de Francisco de Assis, ele diz:
“Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz”.
Uma pessoa capaz de levar essas qualidades e virtudes é muito bem-vinda, pois certamente sua companhia será muito apreciada.
Jesus disse: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Mt 5:5). Ele não disse bem-aventurados os que estão com a razão, mas os mansos, ainda que vítimas da injustiça e da intolerância, mas mansos.
Umberto Moura e Delman Falcão
Baseado em: Serendipity Bible
Edição: Joelson Moura
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